sábado, 26 de março de 2011

Coleta dos óvulos

Acordei à 1 da manhã e aproveitei que ainda podia para tomar um copo d`água. Depois, acordei às 6h30 e como não podia mais tomar nada, tentei dormir novamente. Enrolei um pouco e só cochilei no finalzinho, para levantar às 8h30. Não fui ao curso de Fotografia porque se eu inventasse atividades, poderia sentir mais sede. Para a coleta, eu teria que manter 8 horas de jejum total. Fiquei com muita sede...
Meu marido e eu fomos à clínica para coleta. Aguardamos quase 1 hora até eu, de fato, entrar no centro cirúrgico, onde Dr. Arnaldo e equipe me aguardavam. O anestesista me fez algumas perguntas no intuito de me distrair, mas eu já estava ficando com muita raiva dele porque ele não conseguiu localizar a minha veia e resolveu logo furar o dorso na minha mão. Tentei manter alguns minutinhos de conversa mais agradável com o Dr. Arnaldo, para me distrair da dor. Em um dado momento, o anestesista me perguntou se eu sentia a cabeça pesar. Arregalei os olhos e disse: não sinto nada! Estava com raiva por causa da minha mão. Mas segundos depois, senti, sim, o peso na cabeça: agora estou sentindo. Dr. Arnaldo perguntou ao anestesista: posso começar? Ele respondeu: não ainda. Depois disso, não me lembro mais de nada. Acordei (uns 20 minutos depois) com o Dr. Arnaldo ao meu lado dizendo: 11 óvulos. E isso é bom? É ótimo!
Voltei ao quarto para repousar e só então o meu marido foi chamado para fazer a parte dele. Fez e retornou em 5 minutos. Sentia-me tonta ainda, enquanto tomava Buscopan e mais um antibiótico no soro. Mas precisava sair logo de lá porque tinha hora na manicure. Meu marido saiu para o corredor a procurar alguém, e encontrou o próprio Dr. Arnaldo. Ele me perguntou se eu queria sair, ao que respondi que sim. Então, uma enfermeira tirou o soro e trouxe um lanche. Disse que eu podia sair assim que terminasse o lanche. Quando ela deu as costas, eu enfiei uma torrada na boca, e o restante na bolsa. Queria sair logo! Vesti-me e saí ao corredor à procura dela, já em frente ao elevador. Confesso que ainda me sentia zonza e fiquei com medo de desmaiar e ter que retornar ao quarto. Mas me segurei firme. E deu tempo de chegar à manicure a tempo.
Embora a enfermeira tenha me orientado a comer leve, só uma sopinha, almoçamos rodízio japonês, mas eu tive que abrir mão do sushi e do sashimi (por causa da toxoplasmose). Ao chegar em casa, fiquei deitada a tarde toda e meu marido foi trabalhar. Tive vontade de colocar a camisola, de ler revistas, de ligar o wi-fi e levar o netbook para a cama,... Mas tudo ficou só na vontade porque a preguiça foi maior. Consegui cochilar um pouco e resolvi levantar. Não sinto nenhum desconforto abdominal. A dor maior que sinto é na minha mão, quando aperto.
Daqui em diante, devo esperar o contato da enfermeira que dirá como os embriões estão evoluindo. Se Deus quiser, terei ao menos 3 bons para serem transferidos! Estou feliz por ter chegado até aqui!

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