segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Despedida do yoga

Este verão não está fácil. As chuvas ao final da tarde têm causado muitos transtornos. Mas hoje, ao contrário do que eu esperava, o trânsito para o meu bairro estava melhor do que em outros dias sem chuva. E assim, eu cheguei ao Yoga quase a ponto de entrar na aula de meditação, que ocorre 30 minutos antes da aula tradicional. Mas fiquei no "quase". Encarei a aula de yoga como uma despedida, mesmo que temporária. Na semana que vem, segunda-feira não haverá aula devido ao Carnaval. E nas semanas seguintes, estarei retomando a FIV e não poderei praticar. Mas no finalzinho da aula, durante o relaxamento, não consegui relaxar. Pensei em um monte de coisas sem importância. Nem me lembro o quê.


Namastê!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Outras consultas

Dr. Arnaldo não é o único que me exige os finais de tarde.

Ontem, fui ao dentista para mais uma sessão de tratamento. Definitivamente, dentistas não são os profissionais de sáude dos mais queridos. Nada pessoal! Até posso gostar de visitar um ginecologista, um dermatologista, um oftalmologista,... Mas dentista, até uma simples profilaxia dentária é desagradável.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Uma consulta para manter a rotina

Cheguei da consulta. Sinceramente, não entendi o propósito hoje. Após esperar por mais de duas horas para ser atendida, apenas trocamos algumas ideias. Sequer fui examinada; não precisava. O médico me adiantou que em minha próxima FIV (desta vez, convencional), eu iria utilizar Menopur e Cetrotide. Fiquei feliz em poder aproveitar o Cetrotide que está em minha geladeira. Mas eu ainda tenho um Puregon 300 ui inteiro, porém já aberto dentro da caneta aplicadora. Uma grana alta, disperdiçada. Tenho também 18 comprimidos de Femara que não sei se serão aproveitados. Sei que o custo dos medicamentos não são nada comparado ao custo do tratamento. Também sei que um bebê não tem preço. Na verdade, tem sim, preço e custo. O preço do tratamento, o preço dos medicamentos, o custo emocional, o custo do meu tempo...


Mas o valor, esse sim, é inestimável!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

FIV versus trabalho

Conheço mulheres que largaram suas carreiras para começar um tratamento para engravidar. Acredito que a vantagem é poder se dedicar integralmente a este projeto pessoal, sem o stress do trabalho. A desvantagem talvez seja justamente não ter outra preocupação além do tratamento, o que poderia aumentar a ansiedade.
No meu caso, não tenho como largar o meu trabalho. Francamente, preciso do meu salário. Mas os compromissos do trabalho começam a me preocupar. Tento evitar compromissos de viagens nas próximas semanas, mas algumas são inevitáveis mesmo. Fico calculando as datas do meu ciclo na agenda, tentando adivinhar os dias da punção e da implantação. Sei que estou antecipando os problemas, mas isso tem me causado preocupação. Acho que não tem jeito. Quando chegar a hora, se eu tiver um compromisso, serei obrigada a deixar de atendê-lo com uma desculpa bem bolada.


Imagino que após o fato consumado (positivo) seja mais fácil de justificar uma ausência ou indisposição. Mas antes, não há como! Quem aceitaria uma funcionária que se ausenta para fazer uma implantação embrionária? A vida corporativa é assim...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Prevenindo estrias

Hoje recebi o creme contra estrias que comprei pela internet.
Em uma das ocasiões, enquanto aguardava a minha consulta na sala de espera, puxei conversa com uma mulher que estava grávida de 3 meses. Ela me contou que durante o tratamento para a FIV, os hormônios causaram muito inchaço o que provocou muitas estrias. Eu conferi com uma das atendentes se isso poderia ocorrer. Ela me disse que os hormônios podem causar inchaço, sim. Mas que as estrias devem ter ocorrido porque a mulher engordou mesmo, talvez porque comeu demais em função da ansiedade durante o tratamento. Na dúvida, resolvi não arriscar e comprei logo um creme para prevenção de estrias que pretendo usar assim que recomeçar o tratamento. Logo eu que não costumo passar nem hidratante! Terei que ser mais disciplinada.
Better safe than sorry.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Yoga contra stress

Sempre tive vontade de fazer yoga, mas faltava oportunidade... ou tempo, ou qualquer outro pretexto.
Meu objetivo era buscar me desestressar do dia a dia, buscar um equilíbrio para o meu corpo e para minha mente. O objetivo de engravidar foi o empurrão que faltava para eu começar. Mas havia algo contraditório: embora muito bem recomendada como atividade física para a gestante, uma das orientações do Dr. Arnaldo era: se você não pratica nenhuma atividade física, NÃO é hora para começar! Mas como eu não sou obediente nem nada, resolvi começar, sim, logo após as primeiras consultas.


Estava pegando bem leve, uma vezinha só por semana. E estava curtindo muito. Mas, sinceramente, acho que não estava dando resultado: definitivamente, não estou menos estressada. Mas durante a aula, sentia-me feliz.
Mas isso acabou, quando comecei a mini-FIV. A orientação da clínica foi clara: não fazer nenhuma atividade física. Nem yoga? Nem yoga!
Porém, hoje voltei à aula. Ao menos, enquanto não recomeçar o tratamento para engravidar, posso praticar mais um pouquinho.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sol é bom demais

Se há uma coisa que eu adoro fazer é tomar sol. Mas sempre tenho uma desculpa para não me esbaldar na piscina: são os cuidados com a pele, a falta de tempo, a vergonha do meu corpo... Hoje, deixei tudo isso de lado e fui tomar sol e mergulhar na piscina. Há meses que eu não fazia isso!


E assim, comecei bem o dia. Mais motivada e cheia de energia, caprichei mais um pouco na lista de enxoval dos sonhos (http://bebedeproveta.blogspot.com/p/enxoval-dos-sonhos.html) e criei mais uma página com a lista dos nomes que estamos considerando (http://bebedeproveta.blogspot.com/p/nomes.html). Na verdade, sou eu que estou considerando porque não tenho considerado a lista do meu marido... Às vezes penso que a mãe tem muito mais direito que o pai sobre o filho.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Fim de semana

Estou tentando voltar à rotina normal, ao menos, pelas próximas duas semanas. No fim de semana, barzinhos, cinema, restaurantes, shoppings, etc. Vou tentar relaxar para começar um novo ciclo, previsto para a segunda semana de março. Confesso que não é fácil ficar assim, de braços cruzados, esperando o tempo passar. E ainda terei uma hora a mais neste fim de semana por conta do final do horário de verão...

Bom fim de semana!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

"Upgraded" Blog

Não estou mais triste! Mudei o plano de fundo da página, criei páginas novas... Convido a dar uma olhadinha!
Estou aprendendo a mexer nisso. Se antes eu só pensava no blog como uma válvula de escape para a minha ansiedade, agora percebo que pode ser muito mais do que isso. E quero muito agradar aos leitores e tornar tudo mais gostoso e interessante para vocês. Espero que tenham gostado. Beijos!


PS: eu juro que tentei, mas não pude evitar as cores femininas e românticas.

Conclusões da mini-FIV

Passei no consultório. Dr. Arnaldo me examinou mais uma vez, mas não havia mais nada a fazer neste ciclo. Só concluímos que os medicamentos não provocaram o efeito desejado no meu organismo. Planejamos fazer um tratamento para FIV já no meu ciclo seguinte, com outros medicamentos.
Entendo que o problema não foi termos optado pela mini-FIV*. Simplesmente os medicamentos adotados não funcionaram comigo. Eu havia optado pela mini-FIV por receio dos efeitos colaterais mais fortes do tratamento convencional. Mas agora, não terei como escapar...

* Mini-FIV (Míni Fertilização In Vitro) é uma nova alternativa dos tratamentos de Fertilização in Vitro que torna o procedimento mais simples, oferece um custo financeiro reduzido e resultados semelhantes aos da FIV-Convencional. Baseia-se na hipótese já conhecida pela ciência que são suficientes não mais do que dois a três óvulos em uma estimulação ovariana para produzir embriões de boa qualidade. Este procedimento utiliza uma Mínima Estimulação Ovariana-MEO, com comprimidos e pouca medicação injetável. Esta estimulação mais leve aproxima-se do planejamento da natureza, que mensalmente procura selecionar os melhores óvulos. As estimulações mais agressivas nas FIVs-Convencionais, que utilizam mais medicamentos, podem produzir um número maior de óvulos, porém, de pior qualidade. Assim, são formados embriões com chance menor de implantação e com risco maior de aborto. 

Tudo tem o lado positivo; é só saber enxergar. No meu caso, vejo ao menos três:
1. O desgaste foi menor do que se tivesse ido em frente e constatasse na punção que não havia óvulos, por exemplo.
2. Vou poder voltar ao yoga, pelo menos até o ciclo seguinte.
3. Descobri que tem muitas mulheres com o mesmo sonho da maternidade que se apoiam, incentivam umas às outras, que compartilham sucessos e fracassos, mesmo que à distância, virtualmente. Agradeço as mensagens que recebi.

E tenho fé que Deus sabe o que faz.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mini-Fiv suspensa

Dr. Arnaldo me ligou e disse que quer conversar comigo amanhã. Adiantou que de fato meus folículos não cresceram e que eu deveria suspender os medicamentos. Já entendi: mini-FIV suspensa.
Poxa... Não cheguei nem a fazer a punção, quanto mais a implantação. Talvez a decepção e a dor fossem maiores se tivesse conseguido ir até o final e não tivesse alcançado um resultado positivo. Mas nem deu tempo. Em poucas horas, a esperança acabou! (O helicópero* quebrou antes mesmo de decolar).
É claro que o meu sonho não acaba aqui. Mas eu ainda não sei para onde ir agora.


Estou desapontada.
* analogia feita com a FIV, explicado em post anterior.

Nada ainda...

Nada ainda... Para não dirigir em jejum, comprei um lanche antes e dirigi comendo. Acabei de chegar em casa. Tive que passar na portaria do prédio para pegar outra entrega de Cetrotide da farmácia, mas eu nem sei se vou usar. Liguei para a clínica, mas embora o resultado do exame já tenha saído, não conseguiram ainda apresentá-lo ao Dr. Arnaldo. Então, continuo na expectativa.
E já começo a pensar no pior... Estou com um pouco de taquicardia. Devo estar com pressão alta neste momento. Penso no que vou fazer nos próximos meses. Já tinha tantos planos! Não sei se vou poder repetir o tratamento no próximo ciclo.

Meus folículos não cresceram!

Fui à clínica hoje na hora do almoço fazer o 3o ultra-som, uma vez que ontem, por falta de energia elétrica, não foi possível. Mas para a decepção de todos (minha e do meu médico), os 5 folículos não cresceram desde terça-feira. Pode significar que eles estão vazios! Fiz um exame de sangue urgente de progesterona + estradiol. Se estiverem num nível abaixo do esperado, terei que suspender o tratamento.
Estou muito apreensiva. O resultado sairá hoje ao final da tarde e, então, saberei (saberemos).
Acabei de retornar ao trabalho, com fome (porque não almocei) e cheio de retornos de mensagens e telefonemas para dar. Na verdade, já fiz isso, antes de postar. Não devia estar postando agora, mas quis compartilhar este momento de ansiedade e tristeza...


Mais tarde, eu conto o resultado.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cuidado com a auto-medicação

Uso durante a gravidez

A segurança do uso de DIPROGENTA em mulheres grávidas ainda não foi completamente estabelecida. Assim, o produto deve ser usado durante a gravidez unicamente quando os benefícios presumidos justifiquem o risco potencial ao feto. Este produto não deve ser usado em pacientes grávidas em grandes quantidades ou por períodos prolongados.
Fonte: http://www.bulas.med.br/bula/2485/diprogenta.htm


Conclusão: melhor não usar!

Trânsito e outros transtornos

Que fim de tarde horroroso! Só foi chover mais forte por meia hora que a cidade parou. Muitas vias ficaram alagadas e o trânsito ficou caótico. Enfrentei essa tormenta e me dirigi à clínica. Mas encontrei o local sem energia elétrica. Ou seja, não houve consulta nem ultra-som. Só peguei mais um Cetrotide e remarquei a consulta para amanhã, na hora do almoço. Depois, passei mais duas horas de trânsito para chegar em casa. Por uma hora e meia, eu dirigi a menos de 5 Km/h. Cheguei a pouco e me sentia em frangalhos. Meu tornozelo estava duro! Sem dúvida, o meu próximo carro terá câmbio automático!


Antes de dormir, injetarei Cetrotide. Ontem, passei um pouco de pomada Diprogenta no local da injeção porque estava coçando muito. Nem sei se podia. Vou ver a bula (na internet) mais tarde, para me certificar.
Agora, vou preparar um lanche para nós (meu maridinho e eu).
Ah, sobre aquele efeito colateral positivo que mencionei antes, pode esquecer. O cabelo anda desajeitado, como sempre. Ficou bom só aquele dia mesmo.

Uma injeção após o Happy Hour

Depois do trabalho, fui a um happy hour encontrar-me com velhos amigos. Estou tentando manter a minha rotina dentro do possível. Claro que não tomei nada alcoólico... Até o meu marido apareceu! Mas a preocupação com os afazeres fez com que eu sugerisse ir embora cedo (relativamente). Então, às 23hs eu estava em casa. Depois do banho, apliquei o Puregon. Lembrei-me, então, do Cetrotide. Devia estar na portaria, onde a farmácia entregou hoje à tarde. Como estava bem embalada no isopor, estava fresquinho, sem problemas. Para aplicar, foi bem mais trabalhoso. Segui o passo a passo da bula para não me perder. E apliquei. Esperava sentir dor local, como a que sinto após a aplicação do Puregon. Mas o que senti foi uma intensa coceira. Será que é normal? Estou preocupada; espero que não me cause alergia. Sou alérgica a alguns compostos, como o AAS e o corante tartrazina. Espero que eu não descubra outra alergia hoje...


Vou descansar agora. Talvez jogar um pouquinho do ipod antes de dormir. Espero estar bem amanhã.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Segundo ultra-som e novo medicamento

Acabei de voltar do 2o ultra-som. Na verdade, passei no supermercado antes de chegar em casa.
Voltando ao ultra, parece que eu estou com 3 folículos, cada qual com um tamanho. Será que é normal? Dr. Arnaldo disse que estou bem, tudo conforme o esperado.

O meu ultra não foi bem assim... ainda

E me receitou mais um medicamento: Cetrotide que terei que injetar amanhã à noite, junto com o Puregon. Vou ficar craque em injeção! Nem vou ler a bula, por enquanto... Mas notei algo interessante nos últimos dias: meu cabelo está mais ajeitado. Será que é efeito dos medicamentos? Ao menos, um efeito desejável... Será que pode ser chamado assim?
Não fui ao yoga... Pensei em ir na próxima quarta-feira, na aula de meditação. Mas também não será possível porque tenho mais um ultra-som.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ai, que soninho!

Os dias têm sido tão quentes!
Hoje, bateu uma preguiça... Saí para almoçar, passei no shopping para um Frozen Yogurt (ai que delícia!), mas a sonolência não me deixou nem um minuto. Não sei se foi um efeito colateral dos medicamentos, ou se foi o tempo... ou a preguiça mesmo.


Deve ser contagioso porque agora, é o meu marido que dorme no sofá!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Primeiras medicações

Não foi tão difícil assim. Achei que eu não fosse ter coragem. Mas respirei fundo e fui adiante, sem pensar muito. E consegui me injetar. Na hora, não senti nada. Mas assim que eu tirei a agulha, senti uma dor moderada no local. Guardei tudo e fui me deitar na cama, quietinha, para ver se a dor passava. Em poucos minutos, não é que ela passou?!
Depois, fui ler as bulas. Do Femara (os comprimidos), li uma lista infindável de possíveis reações adversas. Perguntei-me se haveria alguma reação adversa não listada nessa bula. Para a minha surpresa, havia, sim, outras reações adversas listadas na bula do Puregon (injetável). Pareceu-me piada, mas ao final de uma das bulas, havia um texto consolador: "Não se assuste com a lista de reações adversas; você não necessariamente terá todas elas." Que confortante!
Comecei a ficar neurótica: sentia coisas e pensava se não havia sido um dos medicamentos. Depois, conclui que eu precisava me distrair com outras coisas, mas não outras preocupações, mas distrações. E é isso que tenho feito nas últimas 24 horas. Saí ontem à noite com o meu marido para comemorar o aniversário dele, saímos para almoçar com amigos hoje e saímos para jantar numa cantina com os meus pais. E ainda temos muitos compromissos amanhã. Entre um compromisso e outro, ainda namoramos, sem a pressão de "fazer um bebê".


Um adendo sobre o almoço: fomos a um restaurante japonês, mas eu não pude comer nada cru. Confirmei na clínica em minha última consulta e eles disseram que eu não poderia comer sushi ou sashimi mesmo, mas me liberaram tomar uma tacinha de vinho. Então, tomei a tacinha e trouxe o resto da garrafa para casa. Quanto a exercícios físicos... Eu conto depois em outro post.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O início do tratamento (mini-FIV)

Ontem, fui à clínica para obter as primeiras orientações, como estava previsto. A consulta atrasou 1 hora e meia, como de praxe. Fiquei observando as pessoas na sala de espera: algumas mulheres desacompanhadas (como eu), outras acompanhadas até demais (marido, mãe, etc.). Mas todos muito quietos, envoltos em seus próprios pensamentos. Folheamos revistas e fingimos prestar atenção na programação da TV. Num dado momento, eu mesma peguei o controle da TV e, antes de mudar o canal, perguntei a um homem que parecia acompanhar o programa se ele se importava. Disse que não. Mudei, então. Ele, que estava aguardando a esposa ser atendida, parece que aproveitou a interação comigo para fazer um comentário sobre um produto que estava sendo anunciado na TV. Começamos a conversar futilidades, até que eu resolvi ir direto ao ponto: perguntei como estava sendo o tratamento da esposa dele. Ele me contou que era a 3a fertilização dela, que ela havia sofrido muito nas tentativas anteriores (em outras clínicas), mas que estava mais confiante desta vez... Enfim, uma conversa sobre o assunto que mais nos interessa! Engraçado é que as pessoas da sala de espera não conversam, não compartilham... Parece que preferem estar invisíveis uns aos outros. E eu noto o contrário nas comunidades de internet, nas redes sociais... As pessoas gostam de initeragir virtualmente. Olha eu aqui! Mas lá na clínica, ninguém fala com ninguém.
Notei também que as pessoas mais experientes sentem-se como experts no assunto e passam a usar abreviações e até expressões com muita desenvoltura, tais como:
FIV: fertilização in vitro (até eu tenho usado)
Mini- FIV: uma versão com medicamentos mais brandos da FIV
ICSI: esqueci!
US: ultra-som
IA: inseminação
folículos, óvulos, embriões, gametas, etc.
Fivetes: as que estão em tratamento para FIV
Embora tenha lido a respeito antes, preferi chamar de "bebê de proveta" com toda a simplicidade e carinho, mesmo sabendo que a expressão está totalmente em desuso.

A explicação do helicóptero está no post "Quando a vontade surgiu"
Ah, o meu tratamento... Fiz um ultra-som e peguei um medicamento para tomar via oral (que já comecei ontem mesmo), e outro injetável (que vou tomar em breve). Absurdamente caro!!! Pareceu tudo fácil, a princípio. Espero que eu consiga injetar com tranquilidade o tal medicamento hoje à noite.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Quando a vontade surgiu

Não sei precisar quando a vontade de ter um filho surgiu. Na verdade, sempre encarei esta possibilidade como algo natural, que ocorreria em um dado momento da vida. Mas na prática, o tempo foi passando, outras prioridades foram surgindo e o plano de ter um filho foi ficando de lado. A carreira, depois um emprego novo e o MBA, uma fase mais difícil financeiramente... Até que numa das consultas ao ginecologista, fiquei alarmada ao descobrir alguns miomas em meu útero. O alerta era que se eu quisesse ter filhos, deveria tentar antes que os miomas cresessem e dificultassem. Fiquei preocupada, na época, e passei a tomar ácido fólico, esperando engravidar a qualquer momento. E assim, passaram-se mais 3 anos.
Há uns 5 meses, resolvemos procurar um especialista. Foi quando conhecemos o Dr. Arnaldo. Então, descobri (depois de uma histerossalpingografia) que além dos miomas, eu tinha um pólipo (que foi extraído às vésperas do Natal) e umas trompas complicadas... Dr. Arnaldo as comparou com uma ponte: as minhas estavam capengas, precisando de reforma, enquanto o meu marido já não tinha uma condição muito boa, apenas razoável (revelado no espermograma). Havia 2 alternativas: consertar a ponte (através de uma cirurgia mais invasiva) ou partir para a FIV (fertilização in vitro). Nesta última alternativa, a ponte não seria necessária; meu marido usaria um helicóptero para atravessar o rio. Pensei: muito mais prático! Foi então que optamos pela FIV.
 
Desde a decisão, meu marido e eu ainda relutamos um pouco. Tentamos mais outras vezes com mais afinco, mas não tivemos sucesso. Queríamos evitar os altos custos, os prováveis efeitos colaterais dos medicamentos e das injeções... e as desculpas que vou ter que dar no trabalho para justificar as minhas ausências.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mudança de hábitos

Mudar um hábito já é muito difícil. Mudar muitos hábitos de uma só vez é praticamente impossível.
Confesso que não sou das mais disciplinadas. Também digo que eu tenho muitos vícios, nenhum muito grave, creio eu, mas que certamente não contribuem para a boa saúde geral, quanto mais de alguém que tem pretensões de engravidar.
Descobri isso na minha primeira consulta à clínica de reprodução. Dr. Arnaldo (esse é o nome do médico) me entregou uma lista de coisas que deveriam ser evitadas: café, comida crua (para quem não tem imunidade à toxoplasmose, bebida alcoolica, comer saladas cruas fora de casa, etc. Uma lista infindável de coisas que faço normalmente. Mas nunca é tarde para mudar, certo? Ainda mais com um propósito que é engravidar e ter um bebê saudável.
Na primeira semana, segui as orientações à risca. Mas já foi muito estranho ir a um happy hour e não beber nem um chop. Na verdade, foi estranho para os outros. Tive que inventar uma desculpa para justificar a minha abstinência: um tratamento com medicamentos que não seriam compatíveis a bebidas alcoolicas. Alguns me olharam torto e devem até ter pensado que eu estaria grávida. Quem me dera!
Café, reduzi para uma xícara por dia. Logo eu que tomava 4 ou 5 espressos diariamente. A copeira me olhou desconfiada, e eu tive que justificar mais uma vez com uma mentira esfarrapada: estou tratando meus dentes.
Sushi e sashimi, nem pensar. Mas fui a um restaurante japonês com o meu marido (não tive que explicar nada a ninguém) e optei pelo rodízio vegetariano: tudo com pepino, cenoura e shitake.

Parei o tratamento dermatológico e adiei os planos para aplicação de laser no rosto.
Outra mudança: pintei os meus cabelos mais escuros, por cima das luzes. Cansei de ser loira, foi a minha explicação.
Ah, os testes que fiz logo em seguida à consulta me revelaram que eu, de fato, não sou imune à toxoplasmose. Revelou também que eu estou com deficiência de vitamina D. Assim, além do ácido fólico (que já tomava há 3 anos), vitaminas C e E (que passei a tomar a partir da minha primeira consulta com o Dr. Arnaldo), também tive que incorporar a vitamina D em minha rotina.
Agora, explicando as minhas explicações: as pessoas estranham quando as mudanças são drásticas. Elas "exigem" uma explicação. E eu, com receio de que elas desconfiem, acabo me justificando. Imagine se os meus colegas, ou pior, o meu gerente fica sabendo das minhas intenções? Este assunto merece um post à parte...
Voltando ao tema das mudanças, não as mantive totalmente, passadas algumas semanas. Voltei a comer saladas cruas em restaurantes, sushi e sashmi, e tenho tomado 2 xícaras de café por dia. Chop, de vez em quando, na primeira semana do ciclo. É claro que durante a gestação, serei muito mais disciplinada, ao menos para bebidas alcoolicas.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

D-1: a véspera

Ontem, a minha menstruação estava atrasada 1 dia. Para alguém tão regrada como eu, atrasar 1 dia é algo fora do comum. Mas eu não estava com muitas esperanças porque eu e meu marido tentamos um pouco tarde, no meu último ciclo. Mas eu precisava ter certeza porque fiquei receosa de ir à aula de yoga, sem antes consultar o meu ginecologista/obstetra (o médico, especialista em reprodução assistida). Então, passei numa farmácia e comprei um teste de gravidez. Fiz e foi uma decepção, apesar das minhas escassas esperanças.

Não restou outra coisa a não ser ir correndo para a aula de yoga. Ao retornar, contei ao meu marido, com tristeza no coração...

D1 - Que dia para começar o blog!

D1: o primeiro dia da (última) menstruação.
É a partir desta data que se conta o período gestacional, o que achei muito estranho quando soube. O óvulo nem foi fecundado, portanto, o bebê existe apenas em sonho. Então, como posso estar iniciando a primeira semana de "gravidez"? Mas assim foi instituído: o marco é mesmo o primeiro dia da última menstruação. Obviamente, ainda não sei se esta é a última, mas assim espero. Acabei de telefonar à clínica de fertilização para avisar sobre este acontecimento. Disse baixinho (porque eu estava no meu trabalho): acabei de menstruar! A atendente, então, logo falou: você precisa vir aqui na quinta-feira. Ok, marquei a consulta para o final da tarde. Avisei meu marido, por mensagem de texto, apenas para ele acompanhar os acontecimentos. Obviamente, gostaria de ter lhe dado uma outra notícia... Quem sabe, daqui a um mês?


Agora é esperar a consulta para definir os próximos passos. Será a minha primeira (e espero que última) FIV. Então, o futuro é incerto e a ansiedade é grande. Sei lá como será a minha reação aos medicamentos, não sei nem como terei coragem de aplicar as injeções. Não tenho coragem nem de pingar colírio e preciso de alguém que pingue para mim! Mas terei que ter coragem para enfrentar isso e muito mais, em pró do sonho de ter um bebê. Espero, um dia, lembrar deste momento com alegria...
Estou sendo otimista demais? Tenho visto relatos de mulheres que tentaram inúmeras técnicas, por muitos anos; outras que tiveram as gestações interrompidas, e que mesmo assim insistiram, com coragem e perseverança, até a chegada de seus bebês. Sinceramente, não sei se sou assim. Talvez ainda não me conheça...